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Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai - Capítulo III - "Progressão dos Mundos"
sábado, 31 de agosto de 2013Uma rápida observação da sociedade global, nos dias de hoje, pode-nos deixar com amargas dúvidas sobre a veracidade de um progresso moral em nosso planeta.
Posted by Ana Blume in O Evangelho Segundo o Espiritismo
Algo que tem me passado muito pelo pensamento é como temos a tendência de enxergar a vida espiritual como algo separado da vida física, como se ambas fossem bolhas de sabão que, quando se encontram, se repelem. É melhor não nos enganarmos: simultaneamente espiritual e física, nossa experiência é composta pelas duas bolhas, sobrepostas.
O esquecimento que sofremos a cada nascer não apaga os momentos que passamos na erraticidade -- aliás, muito mais longos que os momentos que passamos encarnados. E, mesmo na Terra, voltamos quase que diariamente ao plano espiritual, durante o sono. Nossa experiência terrena é entremeada permanentemente pela vida espiritual.
Assim, o trabalho espiritual não deve acontecer apenas dentro das casas espíritas durante os horários das palestras, tratamentos e trabalhos mediúnicos.
Diferentemente do trabalho profissional, a tarefa doutrinária não tem horários nem lugares específicos para acontecer: ela deve ser uma prática permanente, cumprida com amor, seriedade e completa dedicação. Mais ainda: ela deve servir de pauta para nossa vida física.
Isto não significa deixar a vida física em segundo plano para entregar-se a horas de orações diárias. Muito pelo contrário. Significa apenas que devemos reconhecer a integração total que existe entre a vida espiritual e a física, sem negligenciar nenhuma delas.
Mesmo fora da casa espírita, o trabalho continua. O mesmo é verdadeiro para aqueles que não frequentam nenhuma casa espírita. As tarefas que aprendemos através dos ensinamentos dos espíritos superiores podem ser praticadas nos ambientes familiares, profissionais, educacionais, sociais -- em todo lugar. Quanto mais percebermos e assimilarmos essa noção de integração, com mais empenho trabalharemos, vendo oportunidades de crescimento em qualquer situação. Com isso, só temos a ganhar.
Posted by Ana Blume
Posted by Ana Blume in O Evangelho Segundo o Espiritismo
(trecho do livro Escutando Sentimentos, de Ermance Dufaux, psicografado por Wanderley de Oliveira. Sei que a publicação de um trecho de um livro sai um pouco do meu propósito inicial para este blog, mas eu precisava compartilhar esta mensagem, que aliás complementa muito dos textos do Evangelho que já comentei aqui. O livro em formato pdf encontra-se integralmente na seção "Obras Originais")
Amigo querido das lides espiritistas, nos instantes de tormenta ocasionados pelos efeitos de tuas imperfeições, busca Deus na oração e escuta tua alma. Ouve os ditames suaves que ela te envia. Não os julgue agora e enquanto meditas. Indaga‐te: que fazer ante os impulsos menos felizes? Como agir para mudar? Ouve! Ouve a resposta em ti mesmo! Escuta teus sentimentos! Ora novamente, aquieta os raciocínios e escuta os “sons” dos sentimentos nobres que te arrimam.
Estás agora em estado alterado de consciência. Tua sombra avizinha. Teu self permanece em vigília. Tonifica‐te com as energias revigorantes. Agora agradece o dom da vida... O corpo... A beleza de pertencer a ti mesmo. A presente existência é a tua oportunidade. É a tua ocasião de libertar. Recomeça quantas vezes se fizerem necessárias. Perdoa‐te pelos insucessos. Recorda as muitas vitórias e preenche‐te com o labor. Algumas respostas para serem compreendidas solicitam o concurso do tempo. Prossegue sem ilusões de conforto. Deseja o sossego interior e acredita merecê‐lo, mas não o confunda com facilidades transitórias.
Teus sentimentos: a realidade de tua posição espiritual. Por eles sabes de teu valor e de tuas necessidades.
Não te agrida quando sentires o que não gostarias.
Ama‐te ainda mais nesses momentos.
Aceita‐te. Diz: eu aceito minha imperfeição. Senti‐la não quer dizer que eu seja menor. Eu aceito minhas particularidades. Eu me amo como sou e não me abandonarei porque
somente eu posso me resgatar.
Agora vai cumprir teu dever – esse sublime “analgésico mental”.
Em outros instantes, fora da tormenta mental, medita sobre aquilo que te incomodou. Medita sempre sobre tuas imperfeições e Teu Pai, secretamente, na acústica do ser, providenciar‐te‐á os recursos abundantes para tua cura.
Deus jamais te esquece.
Acredite nisso e sente o amparo em teu favor. O universo está a teu favor. Acredita.
Posted by Ana Blume in Ermance Dufaux
Muitas vezes somos tomados pela curiosidade de saber sobre o que fizemos, ou o que fomos, em encarnações anteriores. Tenho certeza que um dos primeiros pensamentos que temos, ao estudar a reencarnação, é "quem será que fui? Em que época vivi?". Eu, ao menos, passei muito tempo pensando nisso, quando era mais jovem, a ponto de considerar sessões de regressão.
Talvez queiramos saber que, em uma existência anterior, fomos diferentes, famosos, importantes. Que contribuímos, de alguma forma, para a evolução do planeta, na forma de pensadores, inventores, escritores, médicos. Nem tanto por vaidade, mas para chegar a uma espécie de paz: "ao menos", podemos pensar, "eu já fiz algo de valor".
Nos esquecemos, porém, que apenas começamos nossa escalada em direção ao Bem e que, mais provavelmente que não, cometemos erros, desperdiçamos oportunidades, magoamos aqueles que amávamos e que, muitas vezes, reencarnaram em nosso meio atual de convivência.
Nos sentiríamos humilhados, se nossos próximos soubessem de todos os erros que cometemos na presente encarnação; muitas vezes, nos sentimos humilhados ao ter de admití-los até a nós mesmos. Convém então perguntar o que sentiríamos se adicionássemos as falhas do passado às falhas atuais? Naturalmente, nos sentiríamos bem mais desanimados, sabendo de todas as vezes que reincidimos nos mesmos erros.
Deus sabe o que faz. Se o esquecimento do passado é obrigatório, há razões para isso, até mesmo além das que conhecemos.
Diversas vezes, em nossa vida, desejamos a chance de começar de novo, por diferentes razões: quando decidimos nos reorientar profissionalmente, procurando uma ocupação mais adequada às nossas aspirações; quando relacionamentos que acreditávamos indestrutíveis terminam, nos deixando desconfiados e magoados; quando, por qualquer motivo, nos sentimos enfraquecidos por um conjunto de experiências difíceis e precisamos de uma renovação de nossa esperança e de nossa fé.
Reencarnar é a chance desse novo início, em todos os sentidos. Ainda que voltemos, muito frequentemente, em meio aos mesmos espíritos que nos eram próximos em encarnações anteriores, nossa relação com eles é totalmente restaurada para que tenhamos nova chance de reparar o mal que a eles fizemos.
Não precisamos saber quem fomos ou como agimos no passado, para evoluirmos. Nossas tendências, para bem ou para mal, continuam as mesmas, pois o espírito é o mesmo. Através da observação dessas tendências, das pessoas e das situações que aparecem em nossa vida atual, é possível compreender o que temos de melhorar, quais qualidades precisamos desenvolver e o que ainda precisamos corrigir.
É claro que não nos tornaremos espíritos completamente puros em apenas uma encarnação. Mas um primeiro passo já é um passo, que nos levará ao passo seguinte e ao seguinte a este.
Podemos argumentar que, conhecendo ao menos aquilo que nos propomos a fazer, enquanto estávamos no plano espiritual, poderíamos cumprí-lo com maior facilidade. Talvez isso seja verdade. Mas seríamos realmente verdadeiros, se estivéssemos apenas cumprindo uma lista de afazeres? Estaríamos realmente nos empenhando em procurar caminhos, se já tivéssemos nas mãos um mapa?
Não precisamos, em verdade, de um mapa. Nossa consciência já atua como uma bússola, nos indicando sem cessar o caminho que nos convém seguir: é preciso, porém, aprender a escutá-la, pedindo sempre o auxílio dos espíritos superiores em nossas preces, e nos comprometendo a segui-la.
Posted by Ana Blume in O Evangelho Segundo o Espiritismo