Archive for julho 2013
Bem-Aventurados os Misericordiosos - Capítulo X - "O Argueiro e a Trave no Olho"
terça-feira, 30 de julho de 2013É bem conhecida a analogia que fez Jesus, ao nos explicar um dos mais profundos males da humanidade. Temos conosco, em razão de nosso grau inferior de evolução, a tendência de julgar duramente os outros por seus erros, ao passo que, em relação a nossos próprios erros, somos poços de indulgência.
Onde está nisso a caridade e o perdão?
Por tantas vezes já ouvimos sobre os benefícios infinitos do perdão, da humildade e da misericórdia; ainda assim, a mensagem já decorada pelo cérebro pouco afeta o coração.
Continuamos reproduzindo, apesar de nossas boas intenções, os erros originados no orgulho e na arrogância. E até mesmo nossa formação espírita pode se tornar uma armadilha e fazer com que nos acreditemos mais importantes, mais informados ou até mesmo, de certa forma, superiores àqueles que seguem outras doutrinas ou que não seguem doutrina alguma.
Tal conduta só serve para mostrar a nós mesmos nossa própria insegurança, que tem por origem a sensação de inferioridade natural que sentimos por termos nos afastado do Criador, caindo nas fileiras da maldade.
Assim, uma das melhores formas de reconstruir as pontes que nos ligam a Deus é exatamente a autoaceitação, o reconhecimento de nossas fraquezas, a misericórdia com os outros, a alegria sincera pelo sucesso alheio, a tomada da responsabilidade por nós mesmos. Tudo isso tem apenas um nome: o autoamor.
Quando nos aceitamos e nos amamos, não temos necessidade de procurar o mal em outrém para nos envaidecermos. Sabemos quem somos, compreendemos os limites que nos impõe nosso grau de evolução e, em contato com o outro, buscamos nele o melhor, perdoando-o por suas próprias limitações.
É esta uma das formas mais belas de caridade.
Procuremos, através da reforma íntima e do autoconhecimento, a retirada da trave de nossos olhos, através da aceitação e do amor a nós mesmos; é esta a única forma de amarmos também ao próximo.
Posted by Ana Blume in O Evangelho Segundo o Espiritismo
Trabalhadores da Última Hora - Capítulo XX - « Missão dos Espíritas »
segunda-feira, 15 de julho de 2013O ingressar no estudo do Espiritismo é, por si, uma missão. Imbuídos de centenas das respostas às perguntas que assolam a alma da humanidade há séculos, temos o dever de "não colocar a candeia debaixo do alqueire" e partilhar, o quanto for possível, de tais conhecimentos.
O espírito Erasmo, em breves mas preciosas linhas, nos convida à pregação dos princípios divinos, com amável atenção ao conhecimento da reencarnação, conceito fundamental da Doutrina Espírita.
Tal pregação, porém, não será necessariamente o falar às grandes multidões. Para tal trabalho, não será nem mesmo necessário ter as qualidades do bom orador ou os méritos adquiridos nos cursos de expositor. Pregaremos aos nossos conhecidos, a nossos parentes e amigos, através da conversação gentil, respeitando sempre o livre-arbítrio alheio.
Em nosso tempo de mídias sociais, em que a comunicação atinge patamares outrora desconhecidos, a difusão do conhecimento que adquirimos através do estudo do Espiritismo torna-se ainda mais simples.
Diremos talvez palavras que se perderão na recusa e no desinteresse, mas não devemos deixar que o desânimo nos atinja: haverá sempre alguém para escutá-las, encontrando nelas o tão esperado consolo.
As palavras, porém, não são a única forma: nossas ações falam sempre muito mais alto. De nada adiantarão as pregações vazias, exigindo do outro a resignação e a humildade, quando nós mesmos não agimos de acordo.
A mensagem que proferimos deverá também ser ouvida e seguida por nós mesmos. Desta forma, ao ver-nos resignados diante do sofrimento, cheios de fé e alegria pela tão rara chance do aprendizado através da reencarnação, aqueles que nos rodeiam terão diante de si a prova viva da veracidade das idéias e princípios pregados.
Falemos, sempre com a esperança de que nossas palavras não serão perdidas, mas, acima de tudo, façamos de nossas vidas a própria pregação.
Posted by Ana Blume in O Evangelho Segundo o Espiritismo
Posted by Ana Blume